sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
REPRESSÃO; UM DOGMATISMO TOTALITÁRIO!
Com um pouco de atraso - até mesmo porque fica difícil compreender as reais extensões do acontecimento -, transmito a triste informação de que a Guiné entra em um novo regime totalitário. Após a morte do general presidente Lansana Conté que estava no poder desde 1974, um capitão (Musa Dadis Câmara) do exército da Guiné anunciou a dissolução do governo.
Curiosamente, o primeiro ministro Ahmed Tidiane Souaré rechaçou o comunicado oficial do capitão supracitado e, com muita convicção, afirmou que as leis constitucionais continuam em rigor. No entanto, ontem (25/12/08) os militares que decretaram o golpe de estado, consolidaram o alcance ao poder após a rendição das autoridades constitucionais.
De acordo com as informações repassadas pelos integrantes do CNDD – Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento – existem eleições previstas para 2010, o que de certa forma significa a volta da democracia no país, porém, essa informação pode ser alterada a qualquer momento, uma vez que em um governo totalitário reina a repressão. Neste caso, vale a pena ressaltar o tenentismo brasileiro, época em que os chefes do executivo prometiam eleições e, sempre caindo em contradição, aplicavam novos golpes, o que sustentou o regime durante vários anos.
Resgato, neste último parágrafo, minha afirmação sobre a dificuldade em entender as reais extensões sobre este elemento factual a que me referi nesta matéria. O funeral de Lansana Conté começou nesta sexta feira (26/11) e não tende a demorar, diferentemente da situação política no país que, por brigas ideológicas infundadas, permanece indefinida.
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 09:54 0 comentários
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
CHINA; Muito desenvolvimento, pouca liberdade!
Durante o trabalho, enquanto desempenhava minha fraca função de vendedor, refleti sobre o assunto e cheguei a infindáveis conclusões – discuto se estas não são enfunáveis. Dentre os resultados, obtive a sensação de que meus sentidos, não muito aguçados, estão corroídos pela cafetinagem em que vivemos, mas não é sobre isto que pretendo discutir nesta primeira postagem.
A China é o país que mais se desenvolveu neste século, o que nos remete ao dilema moral de questionar: “mas a que preço?”. A incessante busca pelo desenvolvimento, na qual os chineses se meteram, está atrelada aos mais diversos âmbitos rígidos que, por sua vez, refletem sinais ditatoriais. Neste caso, percebemos que o pensamento de que a Ordem precede o Progresso tem certo fundamento.
A liberdade, seja a constitucional ou a de expressão – uma é ancorada na outra -, não pertence ao vocabulário chinês. Somos livres porque pensamos e agimos da forma que queremos, vale a pena ressaltar que cada ação causa uma reação que, em alguns casos, pode ser uma conseqüência - punição - de um determinado ato.
O autoritarismo chinês sufoca os cidadãos do país a que me refiro, mas o pior problema é a falta de liberdade e, talvez, a de coerência, pois, enquanto uma chinesa é presa por distribuir material pornográfico, os eruditos do alto escalão da China matam milhares de pessoas com a poluição desenfreada que, neste caso em potencial, é causada por um único ideal; o desenvolvimento. Não entrarei em debates sobre sistemas políticos e econômicos, no entanto, falta coerência ao punir uma pessoa que distribui material pornográfico e, por questões econômicas, incentivar outra que distribui a degradação ambiental...
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 13:06 0 comentários
