Com um pouco de atraso - até mesmo porque fica difícil compreender as reais extensões do acontecimento -, transmito a triste informação de que a Guiné entra em um novo regime totalitário. Após a morte do general presidente Lansana Conté que estava no poder desde 1974, um capitão (Musa Dadis Câmara) do exército da Guiné anunciou a dissolução do governo.
Curiosamente, o primeiro ministro Ahmed Tidiane Souaré rechaçou o comunicado oficial do capitão supracitado e, com muita convicção, afirmou que as leis constitucionais continuam em rigor. No entanto, ontem (25/12/08) os militares que decretaram o golpe de estado, consolidaram o alcance ao poder após a rendição das autoridades constitucionais.
De acordo com as informações repassadas pelos integrantes do CNDD – Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento – existem eleições previstas para 2010, o que de certa forma significa a volta da democracia no país, porém, essa informação pode ser alterada a qualquer momento, uma vez que em um governo totalitário reina a repressão. Neste caso, vale a pena ressaltar o tenentismo brasileiro, época em que os chefes do executivo prometiam eleições e, sempre caindo em contradição, aplicavam novos golpes, o que sustentou o regime durante vários anos.
Resgato, neste último parágrafo, minha afirmação sobre a dificuldade em entender as reais extensões sobre este elemento factual a que me referi nesta matéria. O funeral de Lansana Conté começou nesta sexta feira (26/11) e não tende a demorar, diferentemente da situação política no país que, por brigas ideológicas infundadas, permanece indefinida.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
REPRESSÃO; UM DOGMATISMO TOTALITÁRIO!
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 09:54
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