O presidente estadunidense, Barack Obama, tomou conta dos noticiários globais, virando notícia com uma periodicidade incrível e, não menos importante, deixando assuntos pertinentes, como as sucessivas investidas israelenses contra os palestinos, para segundo plano. Na última quinta-feira, Obama assinou o decreto que iguala as bases salariais entre homens e mulheres, diga-se de passagem, um polêmico projeto de governo que vai contra todas as alas conservadoras do senado.
Nesta sexta-feira, o mandachuva americano assinou outros decretos de auxílios às classes médias, o que provoca mais tensão neste momento conturbado da economia mundial, uma vez que, como já discuti em outras postagens, o intervencionismo estatal, em determinados casos, produz efeitos ineficazes.
Até então, além dos decretos citados, Obama ordenou o fechamento da base de Guantánamo e, dentre outras coisas, fez o seu primeiro discurso que, curiosamente, foi concedido a uma rede de Televisão mulçumana.
Vale a pena ressaltar que o prelúdio deste governo “messiânico” já caiu em contradição, o que nos remete à consciência lógica de que os decretos, em grande parte, são apenas elementos efêmeros que, hora ou outra, serão anulados pelos ortodoxos parlamentares americanos.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
O PRELÚDIO DO EFÊMERO
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
O SAPATO DE CINDERELA
Al-Zedi, jornalista e correspondente do canal de televisão Al-Baghdadia, não atirou somente um sapato no ex-presidente estadunidense, na verdade foram dois, mas o que quero dizer está estritamente interligado com o sentimento iraquiano perante as investidas americanas naquele país.
O jornalista, além de ter ganhado notoriedade no âmbito mundial, recebeu, nesta quinta-feira, uma homenagem de Shaha al-Juburi que, curiosamente, criou uma escultura de bronze no formato de um sapato para prestigiar al-Zeidi. A frase "isso é um presente para a família de Muntazer al-Zeidi, um herói, cujo gesto ajudou o povo iraquiano a sentir orgulho" foi gravada em uma placa metálica. A escultura foi erguida na cidade de Tikrit e, cedo ou tarde, receberá turistas de todo o mundo.
Se o novo presidente estadunidense, Barack Obama, seguir os mesmos moldes do governo que o antecedeu, este idealizado por Bush, certamente a demanda por sapatos crescerá consideravelmente.
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 13:29 0 comentários
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
ORA, OBAMA, E A PAZ?!
Entendo que, em algumas ocasiões, a melhor maneira de se obter paz é através da guerra, porém, soa com certa ironia um presidente se eleger com promessas que visam o término das guerras, estas deflagradas pelo Bushismo, que já custaram algo em torno de um trilhão de dólares aos contribuintes estadunidenses, e permitir que novos soldados desembarquem em solo afegão. Mas, aparentemente, a seriedade nunca foi uma qualidade da inovação, o que gera uma gama de discussões sobre a Obamamania que, até então, acredita que o novo líder americano é a salvação mundial, ora, que poder de mudança tem um conservador que sequer consegue cumprir suas promessas de governo?
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 13:31 0 comentários
CRISE QUE SEGUE
O FEM terminará em quatro dias, período em que os líderes debaterão sobre temas relevantes à economia global. A esperança que fica está ancorada em melhores observações e, quem sabe, idéias menos ortodoxas, uma vez que fica comprovado: o intervencionismo estatal tende a tornar-se uma bola de neve que apenas permeia os problemas.
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
A CARTINHA DE MORALES
O cacique boliviano, Evo Morales, está mais do que satisfeito com a aprovação da nova constituição de seu país. Embora o percentual do “sim” tenha ficado aquém do esperado, algo em torno de 60%, o resultado obtido nas urnas favoreceu, e muito, o atual líder da tribo.
A cartinha de Morales é polêmica, pois, faz com que indígenas tenham uma participação mais efetiva na vida do país, de forma que até cotas para parlamentares oriundos de povos indígenas serão estipuladas. De acordo com a nova constituição, cada comunidade indígena terá o seu próprio tribunal, este será dotado de autonomia para deliberar sobre qualquer assunto relevante à tribo, isto é, reflexos de onipotência e onipresença.
Outro conteúdo polêmico permite a reeleição de um líder tribal, o que atualmente é estritamente proibido. O cacique boliviano certamente está pensando nas próximas eleições, uma vez que sua popularidade no país cresce a cada dia. Inclusive, fontes da tribo revelam que a pretensão de Morales é antecipar as eleições, afinco de evitar sua ida às urnas em 2010.
Sobre a Coca, o texto tem a dizer “que o Estado protege a coca originária e ancestral como patrimônio cultural, recurso natural renovável e fator de coesão social". Creio que se a regulamentação for bem utilizada, pelo menos este problema será, parcialmente, resolvido, principalmente se a proteção especial que a nova constituição prega for aplicada à risca.
De agora em diante, é concedido ao boliviano "o direito irrenunciável e imprescritível sobre o território de acesso ao Oceano Pacífico" – na Guerra do Pacífico, que durou de 79/84, a Bolívia perdeu sua saída para o mar, hoje este espaço territorial pertence aos chilenos -, a afirmação anterior nos remete a um dilema moral e ético, digo, o que os chilenos pensam sobre esta imposição da tribo vizinha?! Certamente as relações diplomáticas entre os dois países serão fortemente abaladas.
Por fim, o cacique boliviano estabelece que o Estado seja Laico, isto é, o catolicismo não será mais a religião oficial do país, no entanto, não pretendo debater sobre este assunto, uma vez que a discussão sobre religião sempre é permeada por um jogo de interesses que, hora ou outra, culmina em um único ideal; poder.
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
INVADINDO O BRASIL
As imagens abaixo foram captadas por um cinegrafista amador e, gentilmente, repassadas à nossa redação.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
NÃO ERA SOMENTE MAIS UM DIA
Com certo atraso, é verdade, reflito sobre os acontecimentos na decadente potência estadunidense, isto mesmo, refiro-me ao presidente Barack Obama que, nesta terça feira (ontem-20/01/09), tomou posse do cargo mais cobiçado dos Estados Unidos. Diferentemente do que muitos esperavam e, com certa razão, contrariando as leis racistas que, há pouco tempo, imperavam na prepotência norte-americana, Obama não teve grandes dificuldades para presenciar sua cerimônia de posse, o que é discutível, uma vez que, agüentar horas de ladainhas infundadas induz qualquer ser humano ao suicídio.
Tudo começou com uma decisão, isto é, Obama decidiu ir à guerra, e sua primeira batalha foi travada em prévias realizadas contra uma mulher – estampo minha recusa em citar o nome de tal aproveitadora. Qualquer um dos selecionados representaria uma gama de mudanças esperadas pela população estadunidense, afirmo isto, pois, abusando do jargão presidencial brasileiro, nunca na história deste país houve um presidente do gênero feminino e/ou de etnia negra. De outro lado, estaria McCain, última oportunidade estadunidense de eleger um ex-combatente, do Vietnã, para o cargo mais alto do país, a luta não seria fácil, e não foi.
O novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, derrotou os adversários iniciais e, neste momento, começa a segunda etapa de sua batalha: devolver os Estados Unidos ao topo do mundo. Com uma economia arrasada, milhões de empregos perdidos, dentre outros imbróglios deixados pelo governo Bush, Obama terá um estressante trabalho pela frente, o que me faz pensar que a maior esperança estadunidense, é de que este não se torne frustrante.
Retomando o assunto inicial da postagem e, infelizmente, culminando no final desta, ancoro as informações nos jornais espalhados pelo mundo: a posse de Obama foi um dia atípico no cenário mundial, onde todos pararam para ver o homem que mudou mais do que uma eleição. No entanto, especialistas brasileiros já informaram que o novo governo estadunidense pode não gerar os frutos imaginados ao Brasil, uma vez que os elementos sistêmicos que competem ao governo de Obama são, em muitos aspectos, similares ao de seu antecessor, Jorge Bush. Fica-se, porém, comprovado, que a esperança retornou aos lares estadunidenses e, pelo menos, neste início de governo os americanos dormirão um pouco mais tranqüilos.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
UM GIRO PELO MUNDO
Enquanto isso, na Rússia, um terremoto de magnitude 7.3 graus na escala Richter abalou o extremo leste do país. Não pretendo entrar em debates ecológicos, mas com o passar do tempo, fica fácil perceber que a natureza está cobrando um século de degradações.
Já no Oriente Médio, a ofensiva israelense continua massacrando os palestinos. A nova investida militar custou a vida de um dos líderes do Hamas, Said Siam, que estava em um edifício destruído pelas forças de Israel.
Mas esta quinta-feira também teve boas notícias, pois, o secretario de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder Jr, afirmou que a prisão militar de Guantánamo será fechada, o que significa o fim das torturas e, quem sabe, a retirada dos estadunidenses de solo cubano – entendo que um acordo foi realizado para que os Estados Unidos pudessem utilizar o local, no entanto, Obama pregou a paz e, segundo ele, YES, WE CAN!
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 14:07 0 comentários
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
"MIM" QUER PAZ!
O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou nesta quarta-feira que a Bolívia rompe, neste momento, relações diplomáticas com Israel. Na teoria, o rompimento serviu para que o país prestasse solidariedade aos palestinos massacrados pela ofensiva israelense, no entanto, fica-se claro que a pretensão do cacique, Morales, é afrontar a decadente potência americana – EUA.
Tecnicamente, a ação do cacique boliviano reflete o repúdio global referente a esta guerra, mas ratifico o que já citei anteriormente e, incessantemente, bato na mesma tecla; esta guerra possui interesses políticos externos e internos, o que influencia diretamente na permanência das tropas israelenses em território palestino – pelo menos na prática, uma vez que a Cidade de Gaza, oficialmente, não pertence a nenhum Estado, o que gera uma nova polêmica, levando-se em consideração que a Palestina sequer é reconhecida pela ONU como Estado.
Surpreende-me o fato de um cacique de índios recém “destribalizados”, impetrar uma ordem, rompendo relações com um Estado localizado a milhares de quilômetros, isto é, o que a Bolívia possui de tão interessante para os israelenses? Para nós, brasileiros, o Gás Natural é um ótimo motivo para aturar o totalitarismo indiano, digo, boliviano, mas, para Israel, os índios sul-americanos servem apenas para... NADA!
De qualquer maneira, a ofensiva militar deflagrada há 19 dias já passou dos limites, até o momento, conforme divulgou uma instituição palestina, aproximadamente mil pessoas morreram – novamente coloco em pauta o grande problema desta guerra, dentre os mortos, uma parcela considerável é representada por crianças, mulheres e idosos.
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 13:40 0 comentários
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
FUMAÇA NA TERRA SANTA; O MASSACRE CONTINUA
Em apenas 18 dias de conflitos, mais de 900 palestinos já morreram e, aproximadamente, 4 mil ficaram feridos, o que nos remete ao pensamento filosófico sobre os pedidos de cessar-fogo idealizados por vários países do Oriente Médio, a saber: a) Os interesses políticos impedem um cessar-fogo neste momento, uma vez que as eleições israelenses estão marcadas para o próximo mês e, segundo divulgou uma entidade de pesquisa, 80% da população de Israel apóia a ofensiva militar contra os palestinos; b) Os EUA que, mesmo com a crise financeira, mantêm-se firme como maior potência na guerra armamentista desencadeada em meados da década de 50 e, sigilosamente, estendida até os dias atuais, enviou recentemente pacotes de munição e caixas de armas para Israel, o que nos faz pensar sobre as reais extensões desta guerra; c) os pedidos de cessar-fogo são apenas gestos formais, ora por interesses divergentes dos países que não estão envolvidos - pelo menos não diretamente - na guerra, ora pela suposta solidariedade prestada para com os palestinos.
Até que as eleições israelenses aconteçam, os palestinos serão oprimidos e, enquanto isso, os civis sofrerão consequencias terríveis, pois, até então, morreram mais inocentes do que culpados – termino esta postagem deixando em aberto a representatividade da palavra culpado, uma vez que o certo para uma tribo é o errado para outra.
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
ISRAEL X PALESTINA; UM CONFLITO DE MUITAS HISTÓRIAS.
A cidade de Gaza – ou faixa de gaza como é popularmente conhecida – é um local que desperta o interesse de israelenses e palestinos, porém, na prática a área não pertence a nenhum Estado. Acredito e, arriscando-me mais, afirmo que há interesses políticos ancorados em todas as decisões de um país e de outro, o que de certa forma soa com tom de pleonasmo, uma vez que todas as guerras são meros interesses políticos.
CRONOLOGIA:
1948: ONU cria o Estado de Israel.
1956: Israel toma posse de Gaza e Sinai.
1967: Antecipando um suposto ataque, Israel ataca Egito e Síria. (Guerra dos Seis Dias)
1982: Israel invade o Líbano
2004: Yasser Arafat morre
2005: Israelenses e palestinos anunciam cessar-fogo.
2006: Hamas alcança várias bancadas legislativas e assume o poder político de Gaza.
2007: Fica marcada para o final de 2008 a criação do Estado palestino.
Mesmo com as mortes anunciadas a ONU apenas “aconselhou” o fim das ofensivas. Tal atitude demonstrou total desinteresse da entidade pelos acontecimentos no Oriente Médio.
Continua...
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 16:04 0 comentários
ISRAEL X PALESTINA; UM CONFLITO DE MUITAS HISTÓRIAS.
No dia 25/12/08, dois foguetes e quinze cápsulas de morteiro caíram em Israel e, mudando os apelos de paz, o governo israelense decidiu entrar na “guerra”, segundo o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, “quando há ataque, há resposta”, isto é, a guerra foi deflagrada.
Curiosidade: Foi a primeira vez que o grupo radical Hamas assumiu os créditos pelos ataques, até então, quem recebia os créditos era o Jihad, outra facção radical que, por não possuir o mesmo número de adeptos que o Hamas, não tem tantos poderes políticos em Gaza.
No dia 27/12/08 o mundo noticiava a primeira investida israelense contra o Hamas – o que é discutível, uma vez que grande parte dos mortos e feridos são crianças e mulheres. Israel utilizou cerca de cem toneladas de bombas para atacar supostos núcleos do Hamas, o que influenciou diretamente na morte de 225 pessoas e no ferimento de outras 400. O fato ficou conhecido como o pior ataque israelense contra a cidade de Gaza, as consequencias podem ser similares com a Guerra dos Seis Dias, quando Israel devastou a força aérea egípcia, porém caros leitores, este foi apenas o primeiro ataque...
Após os ataques israelenses o Oriente Médio se comoveu, vários países prestaram solidariedades aos palestinos e, com muita firmeza, protestaram contra as investidas. O Egito, por exemplo, abriu a passagem de Rafah, cidade que faz fronteira com gaza, para a entrada de ajuda aos feridos, enquanto isso, o Hamas disparou vários foguetes contra Israel. A ofensiva israelense tentava retaliar os ataques da facção xiita, o que fez com que mais de 40 túneis – a única ligação dos moradores de Gaza com o mundo exterior - fossem destruídos. Pouco tempo depois o número de mortos ultrapassava 370.
Continua...
Postado por Marco Aurélio Ribeiro às 15:49 0 comentários
